Como o Novo Jornal apurou ao ouvir elementos dos distintos grupos parlamentares, o diálogo é uma palavra comum usada por vários deputados e dirigentes para o ano parlamentar que agora começa, depois de um interregno que começou a 15 de Agosto.
Todavia, com o aproximar do fim da actual Lesgislatura, ninguém duvida que a oposição vai estar mais acutilante na reacção ao discurso do Chefe de Estado apontando o que considera estar por fazer, enquanto, como sempre sucede, o MPLA tratará de sublinhar o que está a ser e foi feito...
Os grupos parlamentares e representações parlamentares prepararam-se para a abertura do novo ano legislativo nas últimas semanas, com o planeamento e projecção dos trabalhos para que haja mais iniciativas legislativas, o que acaba por ser normal face ao calendário não apenas deste ano Parlamentar mas também com o aproximar do fim da Legislatura.
Enquanto o MPLA espera que João Lourenço mostre, neste seu 8º discurso à Nação, o que nos espera de concretizações, na oposição, o lema é exigir a responsabilização sobre o que corre mal no país, especialmente a crise económica e as suas consequências, sendo que, por exemplo, para a UNITA, explicar o porquê da fome é uma questão "fundamental".
Do lado do partido que sustenta o Governo, uma fonte do seu Grupo Parlamentar disse ao Novo Jornal que, com abertura do ano legislativo, o Parlamento vai trabalhar em diplomas que se reflictam directamente na vida dos cidadãos, respondendo às necessidades concretas da população.
Sublinhou este mesmo dirigente do MPLA que os Grupos Parlamentares vão focar-se no reforço ao diálogo político, para melhorar a resposta aos desafios do país, sendo que alguns são mais apetecíveis para a oposição, como a questão do pacote legislativo autárquico, a resposta à fome ou, por exemplo, a epidemia de cólera que teima em não deixar o país.
No último ano parlamentar, que encerrou no dia 15 de Agosto, só MPLA e a UNITA, apresentaram iniciativas legislativas.
Neste âmbito foram aprovadas 11 leis e publicadas no Diário da República, cinco aprovadas e em fase final de redação, cinco aprovadas na generalidade e em análise na especialidade, bem como nove diplomas em apreciação nas Comissões Especializadas.
O ano parlamentar registou 33 iniciativas legislativas, das quais 23 de iniciativas do Executivo e 10 da UNITA.