Mensalmente, segundo dados oficiais, o Executivo angolano disponibiliza 25 milhões de kwanzas para o PIIM. Com o mesmo montante, segundo ainda cálculos deste jornal, serviria, igualmente, para cobrir os custos com cirurgias de, pelo menos, 1.000 crianças que padecem com hidrocefalia no país.
De acordo com o que tem vindo a noticiar o NJ, diariamente, são atendidas no Centro Neurocirúrgico do Kifica perto de 15 menores, e que, actualmente, mais de 130 crianças estão privadas de operação cirúrgica por falta de 200 mil kwanzas/cada.
Ainda de acordo com o exercício comparativo que se pode fazer em relação aos 203,8 milhões de kwanzas (cerca de 17 milhões Kz mensais) que eram gastos, segundo reparo da Assembleia Nacional, para a manutenção e conservação do palácio da «casa das leis» e não para a residência protocolar de Fernando da Piedade Dias dos Santos, o Governo pagaria salário de cerca de 850 professores do ensino geral.
Os cálculos deste jornal demonstram também que, com o dinheiro que saía das contas da Assembleia Nacional para cobrir o subsídio anual da manutenção e conservação da casa oficial do presidente da Assembleia Nacional, o Estado, por intermédio do seu Programa de Transferências Monetárias, que é parte do amplo Programa de Fortalecimento da Protecção Social em Angola, iria apoiar cerca de 25 mil famílias carenciadas.
De acordo com o programa, 1 milhão e seiscentas famílias carenciadas vão passar a contar, a partir do próximo mês de Maio, com um apoio mensal de 8.500 Kz dado pelo Executivo.
Uma polémica que promete novos capítulos
A questão sobre os gastos com a casa protocolar do presidente da Assembleia Nacional foi destaque na última edição do semanário económico Expansão, que apontava um valor aproximado de 17 milhões de kwanzas/mês como sendo os custos da renda - entretanto, suspenso por medidas de contenção de gastos tomadas pelo Executivo de João Lourenço - da residência de Fernando da Piedade Dias dos Santos.
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