O TC esclareceu ainda que substituir a presidente do partido constitui desobediência ao acórdão nº1001/25 de 05 de Junho, que impediu os requeridos de exercerem as suas funções na direcção do partido.

Refira-se que alguns membros da comissão política do PHA deliberaram a destituição da sua presidente por alegada gestão danosa, violação dos estatutos e apropriação de bens do partido.

Segundo estes membros, na sequência de um inquérito instaurado, ficou confirmado que a presidente do partido, Florbela Malaquias, "violou gravemente" os estatutos do partido e praticou gestão danosa do património do PHA.

No meio desta crise, Florbela Malaquias foi reeleita sábado, 31 de Agosto, em Luanda, na primeira Convenção Nacional Ordinária, com 286 votos, correspondentes a 90,2% do total, num processo em que se registaram 19 votos brancos e 12 abstenções.

Em declarações aos jornalistas, à margem do conclave do PHA, realizado sob o lema "Consolidando a Democracia Interna", Florbela Malaquias reafirmou o compromisso de conduzir a organização política rumo aos novos desafios eleitorais, tendo como principal meta o reforço da presença do partido no Parlamento e o enraizamento da sua ideologia no seio da sociedade angolana.

Florbela Malaquias apontou como prioridade para o próximo ciclo político o reforço da estrutura partidária em todas as províncias, num contexto em que o país passou de 18 para 21 províncias, o que, segundo afirmou, impõe maiores exigências logísticas e financeiras.