Segundo uma fonte da CASA-CE, que confidenciou a informação ao NJOnline, o membro do colégio presidencial, Manuel Fernandes, que era apontado como favorito ao cargo, não pode ocupar o cargo, face aos desafios políticos que se avizinham, já que ele é o coordenador da organização para a acção política.

"Estão a chegar as eleições gerais e autárquicas, o coordenador da Organização para a Acção Política, o deputado Manuel Fernandes, terá muita tarefa nesta área, por isso, a CASA-CE apostou no deputado Alexandre Sebastião André, que é coordenador dos assuntos Iinstitucionais e jurídicos da coligação para liderar a bancada parlamentar", acrescentou a fonte.

Segundo a mesma fonte, ainda não está decidido se o novo coordenador da CASA-CE, André Mendes de Carvalho, vai renunciar ao cargo de deputado para dedicar-se exclusivamente à liderança da coligação.

Recorde-se que a CASA-CE foi fundada em 2012 e é uma coligação de seis partidos políticos - Bloco Democrático (BD), Partido Pacífico Angolano (PPA), Partido Apoio para Democracia e Desenvolvimento de Angola - Aliança Patriótica (PADDA-AP), Partido Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA) e Partido Democrático Popular de Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA).

Nas primeiras eleições gerais em que participou, em 2012, a CASA-CE elegeu oito dos 220 deputados à Assembleia Nacional, face aos seis por sento de votos obtidos (345.589), a mesma percentagem conquistada nas presidenciais, em que Chivukuvuku ficou em terceiro lugar.

Nas últimas eleições gerais, realizadas em Agosto de 2017, a CASA-CE aumentou quase para o dobro a sua votação a nível nacional em termos nominais (639.789 votos - 9,45%), duplicando o número de deputados (16), com Abel Chivukuvuku, antigo manteve-se na terceira posição.