O encontro, que decorre a porta fechada, até quarta-feira (16), permitirá a assinatura de vários instrumentos jurídicos neste domínio, com destaque para um acordo de cooperação.

Ao discursar no acto de abertura do encontro, o comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-geral Paulo de Almeida, afirmou que constitui preocupação a ocorrência constante de crimes e incidentes ao longo da fronteira comum.

Angola e a RDC partilham 2.500 quilómetros de fronteira comum, sendo esta a fronteira nacional, de um total de mais de 5 mil km de fronteiras, com mais problemas e já foram realizados vários encontros ao mais alto nível para tratar de pontos de vista comuns.

Conforme Paulo de Almeida, alguns dos principais crimes registados ao longo da fronteira são a imigração ilegal, o contrabando de combustível e de drogas, o tráfico de medicamentos, diamantes, de seres humanos e a caça furtiva, que precisam de ser contidos.

Considerou importante impedir essas práticas criminais ao longo dos postos fronteiriços, porque, a seu ver, podem afectar a estabilidade política, económica e social dos dois Estados.

Por sua vez, o porta-voz da RDC, Luis d"Or Ngalamulume, destacou que o seu país e Angola têm uma relação de longa data, que deve ser conservada.

"Estamos a trabalhar para manter a segurança na nossa fronteira, tanto no lado angolano, quanto no lado congolês", expressou.

Também numa intervenção na mesma ocasião, Jean Pierre Kalombo, director do gabinete do vice-primeiro ministro e ministro do Interior da RDC, citado pelo JA, notou que de ambos os lados da fronteira se tem trabalhado afincadamente para melhorar as relações de vizinhança entre as comunidades fronteiriças e entre os Estados.

Este encontro, que termina na quarta-feira, acrescentou, vai possibilitar ainda gerar estratégias para melhorar a cooperação e dinamizar o relacionamento que é essencial para vencer os desafios da segurança comum bem como as medidas preventivas necessárias, algumas destas já em prática, para evitar incidentes como os que sucederam já este ano e o Novo Jornal noticiou.