"Não chegámos a um acordo com os nossos colegas para resolvermos o conflito. Tudo será decido na quarta-feira, quando o parlamento aprovar uma resolução a respeito do nosso conflito", disse ao Novo Jornal o membro do colégio presidencial, Felé António.
Segundo o deputado, se a resolução favorecer os oito deputados dissidentes, vão recorrer ao Tribunal Constitucional.
"Eles continuam a reclamar os direitos patrimoniais do grupo a que não têm direito, excepto os inerentes a cada deputado", referiu o deputado, frisando que a desintegração tem prejudicado o funcionamento do grupo.
Segundo apurou ainda o Novo Jornal, a não reintegração dos deputados dissidentes tem como consequências a perda de uma parte do subsídio que o grupo parlamentar recebe mensalmente da Assembleia Nacional para manter o normal funcionamento do grupo.
Este subsídio, segundo Felé António, será distribuído pelo MPLA e a UNITA.
A não reintegração dos deputados dissidentes pode ter ainda como consequência a redução do tempo de intervenção da coligação na Assembleia Nacional de 20 para 11 minutos.
Recorda-se que oito dos 16 deputados da CASA-CE demarcaram-se daquela bancada, alegando um conjunto de vicissitudes que têm atrapalhado o normal desempenho da coligação de partidos.
A CASA-CE ficou dividido ao meio depois de o ex-presidente da coligação, Abel Chivukukuvuku, ter sido afastado do cargo, em Fevereiro do ano passado, por alegada quebra de confiança política.
Os deputados dissidentes são Lindo Bernardo Tito, Carlos Candanda, Leonel Gomes, Odete Joaquim, Vitória Chivukuvuku, Abel Lubota, Sampaio Mucanda e Lourenço Domingos.