"Ser do MPLA deve significar sobretudo servir Angola e os angolanos", disse João Lourenço, no encerramento do VI Congresso Extraordinário do partido no poder, realizado hoje, 8, em Luanda.

Depois de garantir que vai travar a bajulação e a impunidade, "mesmo que os primeiros a tombar sejam militantes ou mesmo altos dirigentes do partido", o novo líder dos "Camaradas" sublinhou que a adesão ao MPLA não deve corresponder a "abrir uma porta para alcançar benesses com facilidade", nem para "estar mais próximo da possibilidade de ser nomeado ministro, governador ou embaixador".

Na sua primeira intervenção como presidente do MPLA, o também Presidente da República lembrou que a "história do MPLA esteve sempre associada a causas nobres, como a conquista da Independência, a defesa da soberania nacional, a contribuição significativa na luta vitoriosa dos povos da África Austral contra o regime do apartheid, a paz e a reconciliação entre os angolanos", sem esquecer os "grandes desafios" que o partido tem pela frente.

"Temos a responsabilidade de saber interpretar as aspirações do povo angolano", apontou o Chefe de Estado, salientando que isso é essencial para a projecção e execução de políticas públicas que estejam de acordo com o programa de Governo sufragado nas eleições de Agosto de 2017.

"Para isso devemos saber manter a unidade e a coesão no seio do nosso partido", declarou o sucessor de José Eduardo dos Santos.

João Lourenço frisou ainda que "o desafio para melhorar o país tem de ser colectivo e participativo, com uma ampla conjugação de esforços comuns, tendo sempre como meta o bem-estar das populações e das famílias".

Nesse sentido, defende o número um dos Camaradas, "o MPLA deve-se preocupar menos com a organização da sua própria vida interna e dirigir a sua acção principal para fora de si próprio, trabalhando mais com os cidadãos em geral".