A informação é avançada pela edição de hoje do Jornal de Angola, que afirma que o ex-ministro da Comunicação Social não tinha autorização do presidente da Assembleia Nacional para se ausentar do país.

O ex-governante deverá ser ouvido na Direcção Nacional de Investigação e Acção penal (DNIAP), órgão afecto à Procuradoria-Geral da República, na próxima terça-feira, segundo indica o Jornal de Angola.

O ex-ministro, que foi também director do Gabinete de Revitalização e Execução da Comunicação Institucional e Marketing da Administração (GRECIMA), extinto pelo Presidente da República João Lourenço em Outubro de 2017, tem contra si um processo de inquérito instaurado pela Procuradoria-Geral da República em Agosto de 2018.

Segundo o porta-voz da PGR, Álvaro João, em declarações ao Jornal de Angola em Agosto do ano passado, o inquérito surgiu depois de alguns meses de averiguações e estava já na fase de conclusão, encontrando-se em segredo de Justiça.

O inquérito instaurado na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado do MPLA Manuel Rabeais não implicou o levantamento da sua imunidade, esclareceu, também em Agosto de 2018, o na altura líder da bancada parlamentar do partido no poder, Salomão Xirimibimbi.

Xirimibimbi explicou que o levantamento da imunidade de um deputado, seja Manuel Rabelais ou qualquer outro, tem de ser precedido de um pedido expresso da PGR ao Parlamento, algo que não aconteceu.

"Os deputados gozam de imunidade e, para serem investigados e julgados, tem de haver o levantamento das imunidades. Não temos uma comunicação que nos encaminhe para este sentido", disse Salomão Xirimibimbi.

O deputado garantiu que "o MPLA não está preocupado" com o processo contra Manuel Rabelais, acrescentando que "em Angola temos uma noção muito errada do termo arguido, que não é réu".

O NJOnline tentou obter informações sobre este caso junto da PGR, mas sem sucesso até ao momento.