Apesar de a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) ainda não ter divulgado quaisquer resultados parciais, mesmo em relação à abstenção, este responsável do MPLA, aponta a vitória nas urnas do partido que teve em João Lourenço o seu cabeça de lista e candidato a Presidente da República, como "incontornável".

Em declarações aos jornalistas no final da reunião, onde esteve presente o cabeça de lista, João Martins disse ainda que essa vitória "inequívoca e incontornável" resulta da análise realizada aos números apurados pelo próprio partido, visto que a CNE mantém o silêncio sobre resultados provisórios.

"A vitória do MPLA é inequívoca, praticamente incontornável, e ela está-se a consolidar em termos numéricos", disse, sublinhando que, apesar das certezas que enunciou sobre os resultados, este dirigente do MPLA apelou a que se aguarde com serenidade os resultados que vão ser publicitados pela CNE.

Apesar disso, em coerência com o tom triunfal desta primeira abordagem pública do partido que governa Angola desde 1975, Martins, citado pela imprensa, reafirmou a confiança na vitória folgada, justificando isso com a análise aos dados fornecidos pelos seus delegados que chegaram ao centro coordenador em Luanda, na sede do partudo.

Estas são as 4ªs eleições por voto directo e universal desde que Angola optou pelo multipartidarismo em 1991.

E contaram com seis forças políticas a disputar os 220 lugares no Parlamento e ainda a eleição do Presidente da República e do Vice-presidente, que são, respectivamente, o primeiro e o segundo nome das listas apresentadas pelo círculo nacional.

Estiveram em disputa pelos votos dos 9,3 milhões de eleitores, conforme o sorteio que ditou a disposição no boletim de voto, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que propõe Isaías Samakuva para Presidente da República, a Aliança Patriótica Nacional (APN), cujo cabeça de lista é Quintino Moreira, o Partido da Renovação Social, cuja aposta para a Presidência é Benedito Daniel, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que tem João Lourenço para substituir José Eduardo dos Santos na Cidade Alta, a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), com Lucas Ngonda a liderar a lista; e a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), que apresenta Abel Chivukuvuku para Chefe de Estado.

O círculo nacional elege 130 deputados e os círculos das 18 províncias elegem 90, cinco deputados por cada uma delas, contando a Comissão Nacional Eleitoral com 12 512 Assembleias de Voto reunindo um total de 25 873 Mesas de Voto.