O prelado, durante uma deslocação à cidade do Lubango, na Huíla, considerou mesmo o acto de votar como "uma missão delegada por Deus" porque permite "construir pontes de comunhão e fraternidade".

Em declarações citadas pela Angop, D. Manuel Imbamba (à direita, na foto) defendeu a necessidade de "cultivar um clima de confiança e liberdade interior" em prol do "bem comum que é a Nação angolana" que é para onde "todos os parrudos políticos devem tender porque Angola não é um partido".

O religioso apelou ainda à atenção dos angolanos para a importância de, "independentemente da filiação partidária", direccionar o melhor esforço de todos para o bem do país.

E deixou como aviso à navegação que isso é fundamental "para fazer crescer a justiça, a concórdia, a paz, a reconciliação, a unidade e os valores pátrios que vão contribuir para o engrandecimento da Nação".

Estas são as 4ªs eleições por voto directo e universal desde que Angola optou pelo multipartidarismo em 1991.

As eleições gerais de 23 de Agosto contam com seis forças políticas a disputar os 220 lugares no Parlamento e ainda a eleição do Presidente da República e do Vice-presidente, que são, respectivamente, o primeiro e o segundo nome das listas apresentadas pelo círculo nacional.

Vão estar na disputa pelos votos dos 9,3 milhões de eleitores, conforme o sorteio que ditou a disposição no boletim de voto, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que propõe Isaías Samakuva para Presidente da República, a Aliança Patriótica Nacional (APN), cujo cabeça de lista é Quintino Moreira, o Partido da Renovação Social, cuja aposta para a Presidência é Benedito Daniel, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que tem João Lourenço para substituir José Eduardo dos Santos na Cidade Alta, a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), com Lucas Ngonda a liderar a lista; e a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), que apresenta Abel Chivukuvuku para Chefe de Estado.

O círculo nacional elege 130 deputados e os círculos das 18 províncias elegem 90, cinco deputados por cada uma delas, contando a Comissão Nacional Eleitoral com 12 512 Assembleias de Voto reunindo um total de 25 873 Mesas de Voto.