Com base nas reformas e no sucesso que Jinping considera estar a ser conseguido no combate à corrupção, Angola esta a obter sucesso no esforço pelo desenvolvimento e o líder chinês perspectiva progressos consideráveis para os próximos anos.

Citado pelas agências a partir da capital chinesa, Xi Jinping mostrou a sua satisfação pela cooperação bilateral.

Por seu lado, João Lourenço manifestou apreço pela forma como a China tem mostrado a sua disponibilidade para apoiar o desenvolvimento e a reconstrução de infra-estruturas, desde os caminhos-de-ferro às pontes, aeroportos ou barragens, com as quais, disse, citado pela Lusa, o país vai sustentar o seu crescimento e poder mais facilmente pagar os créditos.

O Presidente angolano foi, de seguida, ao encontro da ideia de Xi Jinping, garantindo que o seu país está numa "nova era", forjada a partir de uma maior abertura ao mundo, e "mais direitos e liberdades" para os seus cidadãos, bem como mais transparência e menos burocracia nos negócios que se fazem em e com Angola, deixando um enfático elogio à cooperação desenvolvida com a China

"Considero que este será um importante factor dinamizador da economia e do desenvolvimento do nosso país, por via da geração de recursos, aumentando a produção interna de bens e serviços de consumo e as exportações, que nos permitirão fortalecer a capacidade interna de geração de divisas", disse.

Lourenço e Jinping reuniram a sós depois das primeiras declarações.

Mas antes, num encontro com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, o Presidente angolano tinha preconizado a reactivação da Comissão Orientadora para a cooperação económica e comercial, para que os dois Governos melhor acompanhem o vasto leque de questões englobadas na cooperação bilateral.

Cooperação essa que João Lourenço elogiou, sublinhando, segundo a Angop, que Angola tem obtido resultados que contribuem significativamente para a melhoria das suas infra-estruturas fundamentais e para o aumento do crescimento económico, apelando a um claro reforço da parceria estratégica Luanda-Pequim, que pode, defendeu, servir de referência para o relacionamento entre a China e outros países do continente africano.

Entretanto, o valor do novo empréstimo concedido pela China a Angola, que chegou a ser admitido por fontes do Governo de Luanda que poderia chegar aos 10 mil milhões de dólares, foi divulgado como sendo de 2 mil milhões.

Este empréstimo vai sair do Banco de Desenvolvimento da China, com quem o Ministério das Finanças assinou hoje um acordo para o efeito, onde a verba fica condicionada à aplicação na construção de infra-estruturas.

Segundo o Governo angolano, o valor actual da dívida à China é de 23 mil milhões de USD, resultando esse montante de diversos empréstimos e linhas de crédito iniciadas em 2003, mas o total dos empréstimos oriundos de Pequim somam já mais de 42 mil milhões de dólares norte-americanos, segundo a China Africa Research Initiative, da Universidade John Hopkins, dos EUA, em documento citado pela Lusa.