Lourenço, que saudou a eleição de Adalberto Costa Júnior, disse ainda que está aberto ao diálogo com a UNITA, maior partido da oposição, e com todas as outras forças políticas, para encontrar soluções para o País e reforçar a união nacional.

João Lourenço, que falava na qualidade de líder do MPLA, lembrou que a pandemia do novo coronavírus, o Covid-19, não constitui apenas uma séria ameaça à saúde pública mundial, mas também às economias dos países à escala planetária.

"Em pouco mais de dois meses a economia mundial foi seriamente atingida, as principais indústrias foram profundamente afectadas, o número de empresas temporariamente afectadas ou a trabalhar muito abaixo das capacidades instaladas já é grande e com prejuízos enormes", disse.

"O preço do petróleo bruto nunca tinha conhecido uma queda tão abrupta, em tão curto espaço de tempo, como nestes dias. Todas as economias do mundo, grande e pequenas, produtores e não produtores de petróleo, se ressentem, e cresce a incerteza no futuro mais próximo", declarou João Lourenço, apontando a necessidade de serem "repensadas, revistas e ajustadas" as previsões económicas, face à "inesperada e desfavorável circunstância".

"Sem, contudo, abandonar os grandes compromissos para com os cidadãos, o país e as instituições financeiras internacionais, que certamente nos ajudarão a atravessar mais este desafio", expôs.

"O momento é de trabalho e de luta e não de lamentações. Que o debate público seja realizado com este espírito de luta, mas com optimismo, com esperança em dias melhores, pois o sucesso depende sobretudo do trabalho abnegado de cada um e da vontade colectiva de toda a sociedade", concluiu.

De acordo com João Lourenço, apesar de o País continuar sem registo de caso positivos de coronavírus, as autoridades sanitárias estão a reforçar as medidas de prevenção e vigilância epidemiológica e sanitária nas zonas fronteiriças angolanas, tendo em atenção o aumento de casos no mundo.