"Diz-se que bem-aventurado é o caminho da oposição que nos mostra onde estamos errados, isto é, uma oposição com ideias construtivas e que coloca os interesses da Nação acima da conquista apenas do poder. O que não é o caso da nossa oposição", disse ao Novo Jornal Américo Cuononoca.

O líder do Grupo Parlamentar do MPLA produziu estas declarações ao Novo Jornal agora como reacção à notícia feita sobre a estratégia dos partidos para 2021 não tendo o MPLA correspondido então ao pedido que lhe foi endereçado nesse sentido.

Cuononoca não percebe a oposição quando esta rejeita todos os orçamentos mas aparece a reclamar e exigir as melhores escolas, estradas, boa saúde, bons salários e contas de como o dinheiro público, que não aprovou, está a ser gasto.

"Será que todos os Orçamentos rejeitados nos últimos 29 anos foram mal concebidos?", questionou, salientando que a não aprovação deste instrumento de governação pela oposição não é senão a inviabilização da governação.

Prioridades do MPLA para 2021

Referiu que este ano, o Executivo suportado pelo MPLA vai "com rigor executar o OGE/2021 tendo em conta as novas medidas de parcimónia, de austeridade, controlo e fiscalização em prol da exequibilidade e concretização dos projectos inscritos, da retoma do arranque da economia no âmbito da sua diversificação através do PRODESI, do PIIM e socialmente do programa Kwenda".

"Não é demais recordar que o OGE-2021 é essencialmente de pendor social, logo a sua execução tenderá para esse fim: a melhoria das condições de vida das populações", frisou.

Relativamente à Lei sobre a institucionalização das autarquias locais disse que é o cerne da discórdia e de desentendimento entre o MPLA e os partidos da oposição.

"Ela já foi aprovada na generalidade e por unanimidade. Porém ela abarca muitos elementos fracturantes que exigirá discussões sérias, cedências e consensos para efectivamente ser depois apreciada na especialidade e por extensão no Plenário", clarificou.

Disse que os grandes desafios do grupo parlamentar do MPLA em 2021 têm a ver com a sua missão na Assembleia Nacional e não só, consubstanciados em defender a política e a estratégia do MPLA nesse órgão de soberania, produzir a legislação para melhor funcionamento e normalização das instituições, controlar e fiscalizar os actos do Executivo através dos balancetes trimestrais e das Contas Gerais do Estado dos anos anteriores.

"Vamos estar cada vez mais junto das populações que nos elegeram como seus representantes para melhor advocacia junto dos órgãos competentes sobre as suas inquietações e necessidades para a melhor solução dos problemas", frisou.

"Para este desiderato, está programada a deslocação dos 150 deputados da nossa bancada aos 164 municípios. Do ponto de vista partidário, todos os deputados do MPLA são militantes e obviamente estarão envolvidos nos preparativos do VIII Congresso do MPLA a realizar-se de 9 a 11 de Dezembro do corrente ano, tendo em conta que são delegados a esse magno evento", concluiu.