A Proposta de Lei que autoriza o Banco Nacional de Angola (BNA) a emitir e a pôr em circulação uma nova família de notas de Kwanza aprovada esta quinta-feira, 19, na generalidade, com 128 votos a favor, nenhum contra e 51 abstenções, prevê que Agostinho Neto, primeiro presidente do País, seja o rosto que estará em todas as novas notas da moeda nacional.

A oposição que se absteve da aprovação da proposta de lei, defende também a inclusão de líderes políticos como Holden Roberto, fundador da FNLA, e de Jonas Savimbi, presidente fundador da UNITA, pelo facto de terem criado os movimentos de libertação que lutaram pela independência do país.

A proposta do BNA prevê apenas incorporar numa das novas notas da moeda nacional, a imagem do primeiro Presidente da República, António Agostinho Neto.

No verso da nova família do Kwanza, segundo o governador do banco Central, José de Lima Massano, surgem ilustrações de paisagens e de locais únicos do território nacional, tendo como referência as maravilhas naturais do país e a representatividade regional.

Para a nota de 200 Kzs, foram escolhidas as Pedras Negras de Pungo a Ndongo localizadas na província de Malanje, para a nota de 500 Kzs a Fenda da Tundavala, na província da Huíla, para a de 1000 Kzs, o Morro Lubiri, na cordilheira do planalto central, na província do Huambo, e para a de 2000 Kzs. a Serra da Leba, na província do Namibe.

Para a nota de 5000 Kzs prevê-se incorporar as ruínas da Catedral de São Salvador do Kongo (Nkulumbimbi) em representação do Centro Histórico de Mbanza Kongo, Património da Humanidade. A nota de dez mil Kwanzas terá as Grutas do Nzenzo, localizadas no Uíge.

José de Lima Massano avançou que quanto aos aspectos gráficos, no ano de 2020, o país vai completar 45 anos da proclamação da independência nacional, pelo que, "as novas notas do Kwanza procuram enaltecer esse feito marcante da nossa história como povo e Nação".

Ao proferir a declaração de voto, o presidente da CASA-CE, o deputado André Mendes de Carvalho, explicou que a bancada da coligação se absteve por entender que há situações que podiam ser dirimidas no debate na especialidade.

A outra questão que levou a CASA-CE a não votar a favor, foi a exclusão do rosto de José Eduardo dos Santos na nova família do Kwanza.

"O julgamento dos ex-presidentes faz-se no fim dos cinco anos, depois do seu mandato. Por isso é que esta questão tem estado a ser recebida com alguma reserva.

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