Sem avançar qual será o destino da verba, a linha de crédito de 1,5 mil milhões de dólares é justificada no decreto presidencial com a "necessidade de garantir a continuidade e a concretização do Programa do Governo relativo à execução de projectos inseridos no Programa de Investimentos Públicos e de outros programas e projectos de Interesse nacional enquadrados no Plano de Desenvolvimento de Angola"

No documento, o Chefe de Estado autoriza a ministra das Finanças a assinar, com a faculdade de sub-delegar, o Acordo-Quadro de Financiamento e toda a documentação relacionada com o mesmo.

Este decreto presidencial é datado de 06 de Janeiro, véspera da visita da chanceler alemã Angela Merkel a Angola, que ficou marcada pela assinatura de vários memorandos de entendimento nos domínios dos transportes aéreos, energia, reabilitação das Estradas Nacionais 295 (Xangongo-Calueque) e 140 (Cuito-Andulo), além de um acordo financeiro e outro sobre a construção pela empresa alemã Voith de um centro de formação.

Além destes, foram também assinados acordos entre o Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos e o Instituto dos Serviços alemão para intercâmbio académico e formação Profissional, na Saúde, para a construção de unidades hospitalares, e na banca, para a construção da fábrica de papel moeda e documentos de alta segurança.

Já no domínio da cooperação financeira, a Alemanha disponibilizou um financiamento no valor de 1,06 mil milhões de dólares para a aquisição de equipamentos electromecânicos para equipar turbinas da central hidroeléctrica de Caculo Cabaça.

Ainda no quadro da visita da chanceler alemã Angela Merkel, foi também assinado pelo ministro dos Transportes, Ricardo D"Abreu, e o director executivo da Siemens Mobility, Michael Peter, um memorando de entendimento para a construção do Metro de Superfície de Luanda com a empresa alemã Siemens Mobility, que vai começar as obras ainda este ano, no âmbito de uma parceria público-privada.

Três mil milhões de dólares é o valor estimado para o investimento do Metro de Superfície da cidade de Luanda, segundo Ricardo de Abreu, que acrescentou que a Angola caberá uma participação na ordem dos 30 por cento, cabendo os restantes 70% aos agentes privados interessados em participar no projecto.