Domingos André Tchikanda substitui Clemente Cunjuca, que exercia o cargo desde 13 de Outubro de 2017, e foi exonerado por conveniência de serviço, de acordo com uma nota da Casa Civil da Presidência.

Das mexidas efectuadas ontem pelo Presidente da República no seio das Forças Armadas Angolanas destaca-se a do do ex-chefe de Estado-maior General das FAA, Geraldo Sachipengo Nunda, e do ex-chefe de Estado-maior General do Exército, Lúcio Gonçalves Amaral, que, por limite de idade, passaram à reforma.

Recorde-se que, o Presidente da República exonerou no ano passado, Geraldo Sachipengo Nunda, chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, tendo este sido substituído por António Egídio de Sousa Santos.

A 26 de Março de 2018 foi divulgado que o general Geraldo Sachipendo Nunda foi constituído arguido, num processo de tentativa de burla ao Estado, no valor de 50 mil milhões dólares. No fim do julgamento, Geraldo Sachipengo Nunda foi ilibado do processo denominado "Burla Tailandesa".

No caso dos oficias generais que passaram à reforma destaca-se ainda o general Francisco Lopes Gonçalves Afonso "Hanga", que já desempenhou as funções de comandante da Força Aérea Nacional (FAN), e o general Matias Lima Coelho "Zumbi" que também foi chefe Estado-maior do Exército, e que comandou as tropas que no Leste cercaram e mataram Jonas Savimbi, a 22 de Fevereiro de 2002.

O Presidente da República colocou ainda na lista de inactividade temporária ("disponíveis") 10 oficiais e deu por finda essa situação em que se encontravam 11 oficiais generais. O chefe de Estado promoveu também 28 oficiais.

Entre os oficiais generais exonerados consta o comandante da Marinha de Guerra Francisco José, assim como seis generais, 25 tenentes-generais, 10 vice-almirantes, 38 brigadeiros e cinco contra-almirantes.

Nas promoções, João Lourenço tornou almirantes José Maria de Lima e João Pedro da Cunha Júnior. Um elemento foi promovido ao grau de general, nove ao de tenente-general, 15 ao de brigadeiro e um ao de contra-almirante.

Noutro decreto, João Lourenço nomeou 66 oficiais generais das FAA, com destaque para o almirante João Pedro da Cunha Júnior, que fica com o cargo de comandante da Marinha de Guerra, um general, 16 tenentes-generais, seis vice-almirantes, 40 brigadeiros e dois contra-almirantes.