"Durante o meu mandato muita coisa foi feita. Agora estou satisfeito porque os angolanos perderam o medo de expor as suas preocupações ao Executivo", afirmou Samakuva, salientando que durante 16 anos teve de "passar em caminhos sinuosos para unir o partido".

O ainda líder da UNITA manifestou-se preocupado com o elevado índice de corrupção que afecta o País, exigindo enormes sacrifícios aos angolanos.

"Hoje, dirigentes do País admitem ter roubado o dinheiro do erário público. A UNITA não poupou esforços para denunciar essa prática errada", sublinhou.

Questionado se poderá concorrer como cabeça de lista nas eleições de 2022, Samakuva não foi claro

"Eu não disse que serei cabeça de lista nas eleições de 2022. Mas estarei activo na vida política", referiu Samakuva, que admitiu a possibilidade de concorrer num dos municípios.

"Eu vou concorrer onde as pessoas me conhecem", disse Samakuva, que criticou alguns sectores no seio do seu partido que pretendem criar embaraços para que o congresso não corra bem.

Cinco pré-candidatos vão concorrer à presidência da UNITA, nomeadamente Alcides Sakla, Adalberto da Costa Júnior, Raul Danda, Abílio Kamalata "Numa" e José Pedro Cachiungo.

Os deputados Lukamba Paulo "Gato" e Liberty Chiaca desistiram de concorrer à presidência do partido.

Recorde-se que Isaías Samakuva foi eleito presidente do partido em 2003, na sequência da morte em combate, no ano anterior, do líder fundador do partido, Jonas Savimbi, o que levou ao fim da guerra civil de quase 30 anos em Angola.

Desde 2003 na presidência da UNITA, o actual líder já derrotou, nos últimos congressos, os candidatos Lukamba "Gato", Abel Chivukuvuku, Dinho Chingunji e Abílio Kamalata "Numa".