Numa mensagem divulgada para celebrar a assinatura dos acordos de paz e reconciliação nacional no Luena, entre o MPLA - Movimento Popular de Libertação de Angola - e a UNITA - União Nacional para a Independência Total de Angola, que puseram fim às hostilidades o Presidente da República recorda o seu antecessor, José Eduardo dos Santos, que "como estadista, soube na altura interpretar o sentimento da grande maioria dos das igrejas e da sociedade civil, verdadeiros artífices da paz alcançada".

"Os angolanos compreenderam que só em paz era possível termos a Angola democrática, próspera e desenvolvida com a qual os nossos antepassados sempre sonharam e lutaram", escreve o Chefe de Estado na sua mensagem ao País publicada na página de Facebook da Presidência da República, para logo depois lembrar que Angola vive uma conjuntura de crise económica iniciada em 2014, "que se foi agravando com o aumento da dívida pública e a baixa dos preços do petróleo nos últimos anos".

O desafio de reverter a situação é, segundo o Presidente, grande "mas realizável", se todos compreenderem que o caminho "é apostar na produção interna de bens e serviços pelo sector empresarial privado e investidores estrangeiros, neste quadro de um melhor ambiente de negócios".

Por último, João Lourenço deixa um apelo a todos os angolanos e estrangeiros residentes: o de "cumprirem com todas as recomendações de procedimentos de prevenção, estabelecidas pelas competentes autoridades administrativas, sanitárias, policiais e outras, que têm como objectivo evitar ao máximo o surgimento da contaminação comunitária e a propagação da pandemia".

"Só a auto-disciplina individual e colectiva nos salvará, para podermos voltar à nossa vida normal e desfrutar dos benefícios da paz e da reconciliação nacional", conclui o Presidente.