"Não podemos, em boa consciência, deixar que permaneçam anónimos e esquecidos. Assim, honraremos, de facto, a memória de todos, contribuindo para a pacificação dos espíritos de todos e das respectivas famílias em particular", disse ao Novo Jornal o deputado Alcides Sakala.
O deputado defendeu a priorização do diálogo na busca de soluções racionais, que concorram para a mudança qualitativa e quantitativa do actual drama angolano, num horizonte temporal tão curto quanto possível.
"O nosso futuro comum depende de um conjunto de regras de convivência, que adoptarmos na definição de uma visão nacional comum e na adopção de políticas e programas de desenvolvimento que tenham como actores e objectos finais os angolanos na sua globalidade", frisou.

"Reforcemos assim as instituições democráticas para a construção da paz social e aprofundamento da reconciliação nacional", acrescentou.

A UNITA defende que se aproveite a reconciliação nacional com toda a serenidade possível, sem sentimentos de vingança.

Recorda-se que o Memorial Nacional em Homenagem às Vítimas dos conflitos políticos ocorridos no país no período entre 11 de Novembro de 1975 e 4 de Abril de 2002 será construído este ano.

O monumento vai ser erguido na zona infraestruturada da encosta da Boavista, em Luanda, e poderá ocupar dois lotes de terreno com cerca de 7.500 metros quadrados.