Quarenta e cinco minutos depois da partida da cidade de Benguela, chegada tranquila a uma comuna que tem tudo para ser grande, à espera de políticas públicas para o parque industrial calcinado pelo tempo, que encontra na antiga Açucareira 4 de Fevereiro um sinal de degradação, ao lado de uma agricultura aos soluços, há vários anos amarrada a pragas.
Dombe Grande volta a estar em foco como nunca se tinha visto nos últimos meses, nem mesmo quando produtores alertavam para uma catástrofe decorrente das cheias no rio Coporolo, por conta da penúria alimentar que afugenta centenas de famílias do interior da província de Benguela.
Homens, mulheres e crianças, indiferentes a um rendimento três vezes inferior ao salário mínimo nacional, encontram na comuna do Dombe a alternativa à crise alimentar provocada pela seca.
Não que viva em abundância, até porque, como adiante mostramos, anda bem longe disto, mas porque várias fazendas estão a acolher gente que perdeu o milho, a batata e a massambala.
O sorriso de João Pedro e companhia na chegada do NJ à fazenda que os acolhe parece disfarçar o drama de quem fez mais de 200 quilómetros (Cubal ao Dombe) em busca de uma ocupação.
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