O tribunal ouviu também esta semana o declarante Fernando Fonseca e Flávio Leonel, da SONIP, subsidiária da Sonangol.
Nestas audições, o tribunal procurou obter mais informação sobre a relação do Estado angolano com os chineses da CIF.
Estas duas figuras ouvidas em tribunal, Carlos Feijó e Norberto Garcia, foram arroladas ao processo como declarantes por exercerem cargo relevantes durante o período em que a China Internacional Fund (CIF) Angola fez os diversos investimentos, alegadamente com fundos públicos.
Carlos Feijó, professor catedrático, foi ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, na era de José Eduardo dos Santos.
Norberto Garcia é o actual director do Gabinete de Estudos e Análises Estratégicas (GEAE), órgão de assistência ao Presidente da República João Lourenço. Regressa ao Tribunal Supremo, na qualidade de declarante, após ter sido julgado e absolvido por esta corte suprema em 2019, no conhecido caso "Burla Tailandesa".
Norberto Garcia compareceu em tribunal esta semana na qualidade de ex-director da extinta Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP), órgão responsável pela preparação, condução e negociação de projectos de investimento privado.
No processo de Kopelipa e Dino figuram igualmente a actual ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Ana Paula do Sacramento Neto, o antigo jornalista da TPA, Benedito Kayela, que esteve ligado ao extinto Gabinete de Revitalização e Marketing da Administração (GRECIMA).
As declarações prestadas pelos declarantes em sede de julgamento são fundamentais para à descoberta da verdade material do julgamento justo.
O julgamento continua a decorrer à porta fechada por estarem a serem produzidas as provas, segundo o tribunal.
Os arguidos são acusados dos crimes de peculato, burla por defraudação, falsificação de documentos, associação criminosa, abuso de poder,
Kopelipa foi chefe da Casa Militar do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, enquanto Dino foi chefe das comunicações da Presidência.