Maria Luemba, 17 anos, foi encontrada morta no seu quarto em casa pelo irmão, o pequeno Samuel de apenas seis anos, no dia 12 de Junho. Tinha uma corda ao pescoço, golpes no pescoço, mãos atadas e sangue no corpo. Familia diz nunca ter recebido qualquer informação por parte da Polícia Judiciária (PJ), bem como da Guarda Nacional Republicana (PGR) sobre o caso, nem ter recebido o resultado da autópsia. O caso ocorreu em Sever do Vouga, região de Aveiro em Portugal. A PJ indicou que não havia indícios de crimes e, sem crime, a investigação foi arquivada. Entretanto, a PGR anunciou, na semana passada, "a existência de um inquérito, o qual se encontra em investigação" e foi aberto pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Aveiro.
Suspeitas dos familiares de Maria Luemba recaem sobre um vizinho que, há anos, lhes faz ameaças de morte e insultos. "Temos o nome dele e conhecemos bem o homem. Temos informação de que já o retiraram da região", desabafa ao NJ Beatriz Fernandes Ribeiro, avó de Maria Luemba. Hoje é uma mulher revoltada e com sede de justiça. Fala ainda que o principal suspeito está a ser protegido pelas autoridades locais por pertencer a uma família poderosa e influente em Server do Vouga. " Eles protegem-se! Eles protegem-se!", acusa D. Beatriz durante a entrevista, lamentando também o facto de a família nunca ter recebido condolências por parte da Junta de Freguesia de Sever do Vouga. O caso Maria Luemba levanta questões que não podem ser ignoradas, como "denúncias não atendidas, falhas na protecção de vítimas vulneráveis e os impactos da exposição prolongada a contextos de ameaça, medo e insegurança", conforme avançou a deputada Eva Cruzeiro do PS, numa manifestação pública de apoio e solidariedade à família.
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