Como noticiou na terça-feira, 22, o Novo Jornal, a mulher de 43 anos reside no bairro do Rangel, enquanto a rapariga, que já se encontra no seio familiar, vive com os seus pais no bairro do Morro Bento, na província de Luanda.

A mulher aproximou-se da menina e foi-a aliciando com dinheiro, convencendo-a que teria mais se viajasse com ela para Cabinda, para trabalhar no seu estabelecimento comercial. A vítima, sem saber que era para se prostituir, viajou sem o conhecimento dos pais, conta o Serviço de Investigação Criminal.

De acordo com a direcção do SIC em Cabinda (SIC), a menina "teria como destino final a República Democrática do Congo, onde seria explorada sexualmente em troca de dinheiro".

O porta-voz do SIC-Cabinda, Dilson Pipas, disse ainda que "é uma prática corrente da mulher", que "andava pelo país aliciando meninas com dificuldades financeiras, com pretexto de um bom trabalho em Cabinda, porém tudo era um esquema de prostituição".

A suspeita, proveniente de Luanda, foi apanhada no momento do desembarque, acompanhada da adolescente que viajou com um termo de responsabilidade falso.

A atitude da mulher levantou fortes suspeitas sobre o seu envolvimento em máfias de tráfico de seres humanos, foi detida e depois encaminhada para o juiz de garantias, que lhe aplicou a medida de prisão preventiva.