Entre quinze a vinte crianças são internadas diariamente, num universo que ultrapassa as cem consultas por dia. Patologias como a malária, doenças respiratórias e diarreicas agudas e a desnutrição lideram a lista e são as principais causas de internamento.
O serviço de pediatria tem uma capacidade disponível para o internamento de 120 a 130 crianças/dia, o que é claramente insuficiente. O director, Avantino Sebastião, refere que a área das consultas externas [ambulatórias] absorve 60 por cento dos pacientes [de segunda a sexta-feira depois das 8 horas até às 15], nos fins-de-semana e feriados, exclusivamente no período da manhã, enquanto a maioria dos doentes é atendida no banco de urgência.
"A malária ocupa 30 a 40 por cento das causas de internamento e de procura dos nossos serviços, depois seguem-se as doenças respiratórias e diarreicas agudas e a desnutrição", explica, acrescentando que estas são as quatro causas de internamento e mortes no estabelecimento hospitalar, afectando o suporte logístico e clínico, e comprometendo o conforto e a recuperação dos pequenos pacientes.
Maternidade
Vinte partos são realizados diariamente na maternidade, dos quais três cesarianas, afirma o director-geral, que aponta como patologias frequentes em algumas gestantes a malária, a hipertensão e as hemorragias em pacientes sem seguimento adequado durante o período da gravidez.
O défice de recursos humanos continua no centro das preocupações da direcção do HPMIM e do Gabinete Provincial da Saúde. Dos mil funcionários exigidos para garantir o funcionamento pleno da instituição, conta actualmente com cerca de 500 efectivos, "em regime de contrato existem mais de 150 funcionário", representando um défice de quadros na ordem de 400 funcionários, impactando de forma negativa o atendimento dos pacientes, um trabalho reforçado e enorme sobrecarga".
Há médicos em formação no estrangeiro e em Luanda, em várias especializações, e, recentemente, abriram cursos para enfermeiros.