Esta decisão, que muitas organizações de defesa dos Direitos Humanos defendiam não ter pernas para andar devido à sua inconstitucionalidade evidente, foi, afinal, aprovada, o que permite a Donald Trump dar um empurrão relevante à sua política de deportações forçadas.
Não é a primeira vez que países ocidentais usam o continente africano para resolver problemas internos relacionados com o excesso de imigrantes, tendo a primeira tentativa, que acabou anulada na justiça, sido realizada pelo Reino Unido com o Ruanda (ver links em baixo).
O envio forçado de migrantes para países terceiros, mesmo que originários de um outro continente, para África, é, segundo organizações civis de defesa de Direitos Humanos, uma das mais severas derrotas dos valores democráticos e do Estado de Direito.
Esta decisão, que foi conhecida esta semana, surge depois de um tribunal de pequena instância ter impedido que tal pudesse ocorrer nos Estados Unidos, precisamente devido à forma como fere a Constituição, especialmente devido aos riscos de vida para as "vítimas".
A deportação de milhões de migrantes ilegais foi uma das mais persistentes promessas eleitorais de Donald Trump para as eleições de 05 de Novembro de 2024, que lhe permitiu chegar à Casa Branca a 20 de Janeiro com essa intenção engatilhada.