Ao Novo Jornal, a fonte do SIC-Luanda disse que os maiores "promotores" de negócio de venda de acessórios de veículos roubados são indivíduos de nacionalidade maliana e nigeriana, estando, entretanto, "quatro detidos em flagrante durante a operação e cinco foragidos das autoridades", referiu a fonte.
Segundo o SIC, as zonas em que se encontravam as oficinas clandestinas em Luanda, "são os municípios de Belas, Cazenga, Samba e Kilamba Kiaxi, onde os cidadãos detidos, com idades entre os 19 e os 49 anos, e com a colaboração de cidadãos nacionais, desmembram os carros roubados que depois comercializam por peças no mercado do Golf e nas casas de venda de peças de veículos. Os veículos privilegiados pelos meliantes são das marcas Toyota, Hyundai e Kia".
Aumenta roubo de viatura em Luanda
O Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional (PN) registou um aumento de roubo de veículos automóveis com recurso a arma de fogo do tipo AKM-47, desde que o País passou de estado de emergência para o estado de calamidade pública devido à pandemia de Covid-19.
De acordo com o porta-voz da corporação em Luanda, inspector-chefe Nestor Goubel, fram registados 105 roubos qualificados de viaturas que culminaram com a detenção de seis elementos.
"Dos roubos de veículos, cinco foram esclarecidos e detivemos seis cidadãos nacionais envolvidos nestas práticas de crimes", disse, em declarações ao Novo Jornal, revelando que dos 105 roubos registados, 76 ocorreram na via pública, 24 no interior de residências, três no parque de estacionamento e dois no interior de empresas.
Nestor Goubel fez saber ainda que os assaltos "ocorrem no momento em que as vítimas estacionam as viaturas defronte à residência,".
"Os assaltantes escalam o muro da residência, fingem que são passageiros de táxi e até já registámos um caso em que um elemento se fez passar por agente das autoridades para roubar a viatura", afirmou.