Os infectados, seis homem e uma mulher, têm idades compreendidas entre os 29 e os 64 anos.

Um dos cidadãos é norte-americano e chegou ao País no dia 11 de Junho, tendo estado em quarentena institucional até à data da testagem.

O segundo caso é de um eritreu, morador do distrito de Luanda, cujo vínculo epidemiológico está em estudo, informou Franco Mufinda, anunciando que o terceiro diz respeito a um homem originário da Guiné-Conacri, morador no bairro Hoji- Ya- Henda, município do Cazenga, e trata-se de um caso de transmissão local, tal como o quarto caso, também do sexo masculino, morador no distrito do Samba.

No caso do quinto infectado, um morador do Sambizanga, o vínculo epidemiológico está em estudo, segundo o secretário de Estado para a Saúde, que informou que o mesmo se passa com o sexto.

Também do sétimo caso, uma mulher de 64 anos, moradora do Kilamba Kiaxi, ainda está por determinar o vínculo epidemiológico.

O vírus, o que é e o que fazer, sintomas

Estes vírus pertencem a uma família viral específica, a Coronaviridae, conhecida desde os anos de 1960, e afecta tanto humanos como animais, tendo sido responsável por duas pandemias de elevada gravidade, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), transmitida de dromedários para humanos, e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), transmitida de felinos para humanos, com início na China.

Inicialmente, esta doença era apenas transmitida de animais para humanos mas, com os vários surtos, alguns de pequena escala, este quadro evoluiu para um em que a transmissão ocorre de humano para humano, o que faz deste vírus muito mais perigoso, sendo um espirro, gotas de saliva, por mais minúsculas que sejam, ou tosse de indivíduos infectados o suficiente para uma contaminação.

Os sintomas associados a esta doença passam por febres altas, dificuldades em respirar, tosse, dores de garganta, o que faz deste quadro muito similar ao de uma gripe comum, podendo, no entanto, evoluir para formas graves de pneumonia e, nalguns casos, letais, especialmente em idosos, pessoas com o sistema imunitário fragilizado, doentes crónicos, etc.

O período de incubação médio é de 14 dias e durante o qual o vírus, ao contrário do que sucedeu com os outros surtos, tem a capacidade de transmissão durante a incubação, quando os indivíduos não apresentam sintomas, logo de mais complexo controlo.

A melhor forma de evitar este vírus, segundo os especialistas é não frequentar áreas de risco com muitas pessoas, não ir para espaços fechados e sem ventilação, usar máscara sanitária, lavar com frequência as mãos com desinfectante adequado, ou sabão, cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, evitar o contacto com pessoas suspeitas de estarem infectadas.