Medição de temperatura, salas específicas de rastreio para casos suspeitos, áreas restritas com equipamentos de ponta para a realização de partos e cirurgias em pacientes com novo coronavírus, bem como limitação de visitas, foram algumas medidas adoptadas naquelas unidades sanitárias.
A directora da maternidade Augusto Ngangula, Lígia Alves, disse ao NJ que, embora não tenham sido registados, até ao momento, casos suspeitos de coronavírus naquela unidade, todas as medidas de prevenção estão a ser observadas pelos técnicos de saúde e pacientes.
"As pessoas antes de entrarem para o recinto da maternidade, passam pelo processo de higienização das mãos. Além disso, evitamos a aglomeração de pessoas. Criamos, dentro da unidade sanitária, salas de isolamento para eventuais casos", reiterou.
A responsável da maternidade, localizada na zona do Miramar, no distrito urbano do Sambizanga, em Luanda, explica que, para se evitar a acumulação de pessoas, as visitas foram suspensas.
"Por causa da pandemia, não só aqui no Ngangula como em outros hospitais, as visitas foram suspensas. Nessa altura, só permitimos entrada de familiares em situações pontuais", referiu Lígia Alves.
Sem precisar o número de partos registados até ao terceiro mês do ano, a responsável relata que, desde o surgimento dos primeiros casos positivos do novo coronavírus em Luanda, o número de mulheres que dá à luz no Ngangula aumentou.
"Estamos com uma média diária de 60 a 70 partos e 35 cirurgias", disse.
Pacientes submetidas a interrogatório
Ao contrário da Maternidade Augusto Ngangula, na Lucrécia Paim as grávidas, antes de serem examinadas, passam primeiro por um «rigoroso» interrogatório, onde questões como a rotina, ou se teve algum contacto com pessoas suspeitas da doença, são feitas.
"Além da lavagem das mãos e outras medidas de prevenção contra a Covid-19, aqui na maternidade, para não sermos surpreendidos, realizamos um pequeno interrogatório às nossas pacientes. De momento não detectámos nenhum caso suspeito", disse Maria Manuela Mendes, directora-geral da maternidade.
Segundo aquela gestora hospitalar, nas últimas semanas a maternidade tem verificado muita enchente, com uma média diária de consultas e partos de 200 casos.
"Mas, ainda assim, temos conseguido dar conta da situação e estamos a lutar e a oferecer o nosso melhor", garantiu.
(Leia este artigo na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, disponível aqui https://leitor.novavaga.co.ao e pagável no Multicaixa)