Após um encontro com o Presidente da República, o coordenador residente das agências das Nações Unidas em Angola informou os jornalistas que tinha acabado de transmitir ao Chefe de Estado que foram reprogramados parte dos recursos que estão no plano de cooperação com Angola
Citado pela Lusa, Balladelli explicou que a ONU tem 12,5 milhões de dólares reprogramados para "apoiar a resposta nacional contra a Covid-19"aos quais acrescem 3,5 milhões de dólares para o sul do país, "para apoiar na segurança alimentar das populações.
"Vamos juntar esses recursos para, numa primeira fase, ter uma resposta eficaz para proteger a população", disse, acrescentando que isso é essencial para que se possa agregar todos os recursos possíveis para esta fase difícil que o país, como o resto do mundo, atravessa.
"Consideramos, com o Presidente da República, que o Estado de emergência foi uma medida bem pensada, bem implementada, fundamentalmente, porque o distanciamento físico entre as pessoas neste momento é a arma mais importante que temos nas nossas mãos para evitar o alastramento do vírus", apontou.
Mas Paolo Balladelli admitiu igualmente que o afastamento social "pode criar problemas de tipo social e económico" e que, por isso, deve ser complementado com "medidas sociais e económicas que permitam proteger a população".
"Por exemplo, as transferências monetárias no âmbito social, criando oportunidade de aceleração de produção", referiu, ainda citado pela Lusa, acrescentando que, neste momento, o Fundo das Nações Unidas para Alimentação (FAO) está a trabalhar em cadeias de valor com o Ministério da Economia e Planeamento de Angola, especialmente do trigo, mandioca, milho, ovos e galinhas para aumentar a produção nos próximos meses e assim assegurar a alimentação para a população.
"Sabemos que nestas crises - e falámos com o Presidente - o ponto fundamental é manter a segurança alimentar e o acesso à água", frisou.