Segundo uma nota da Presidência, esta é uma reunião de caracter extraordinário e tem lugar quando se aproxima o terminus de mais um período de 30 dias da actual situação de calamidade pública, em vigor desde Maio.
A última que teve lugar ocorreu a 07 de Maio, com a pandemia na agenda, sendo que, desta feita, o impacto económico da Covid-19 tem igualmente lugar marcado na análise dos Conselheiros da República, o que admite a possibilidade de João Lourenço estar preocupado com a desvitaliação da economia nacional por causa das medidas tomadas nos últimos seis meses para controlar a sua progressão no País.
Integram o Conselho o presidente da Assembleia Nacional, o presidente do Tribunal Constitucional, o procurador-geral da República, líderes de partidos políticos com assento parlamentar e um conjunto de individualidades indicadas pelo Presidente da República.
No habitual balanço epidemiológico, o secretário de Estado da Saúde Pública, Franco Mufinda, na segunda-feira, informou que o País registou mais 16 casos nas últimas 24 horas, o que configura um decréscimo substantivo em relação aos dias anteriores, totalizando agora 2981 casos confirmados, dos quais 120 mortes, 1215 recuperados e 1646 activos.
Esta reunião do Conselho da República coincide com o anúncio da Ordem dos Médicos de Angola (ORMED) de que, revela hoje a Angop, solicitou ao Governo que reveja a norma que impõe o uso de máscara obrigatório nos automobilistas que conduzam a sua viatura pessoal e nela se encontrem sozinhos.
Isto, porque, como relembra a ORMED, não existem "evidencias científicas" para impor esta medida como razoável, sendo que o alcance profiláctico da máscara facial é conhecido e o seu benefício está apenas garantido como medida preventiva para a transmissão do vírus por portador, que, com ela não projecta gotículas contaminadas.
O alegado incumprimento da medida do uso de máscara na sua viatura foi o que levou à morte do médico Sílvio Dala.