Segundo fonte do Serviço de Investigação Criminal no Comando Municipal de Viana (SIC-Viana), a vítima, Zelito Orlando Neves, estava preso com mais de 25 detidos, numa cela com capacidade para 16 elementos, quando se começou a sentir mal, na última quarta-feira, 1, tendo acabado por falecer.

Os agentes em serviço e o Oficial Superior de Assistência em Serviço foram alertados por outros detidos para acudirem a a vítima, mas a intervenção não impediu o óbito.

"Não se sabe se a morte de Zelito Orlando Neves está associada à enchente nas celas do Comando Municipal, nem se foi causada por doença ou agressões", disse fonte do SIC-Viana, explicando que aquando da detenção a vítima tinha sinais de agressões.

As marcas, clarificou a fonte, resultaram de um ajuste de contas decorrente do homicídio pelo qual Zelito Orlando Neves foi acusado, em co-autoria com outros três indivíduos.

De acordo com a fonte, Zelito agrediu, até à morte, na via pública e juntamente com os cúmplices, Bartolomeu Armindo Contreiras, de 30 anos, a quem acusou de lhe ter roubado uma botija de gás butano.

Depois, adianta o SIC, os familiares do jovem que perdeu a vida no ataque agrediram Zelito Orlando Neves, estando ainda por determinar se estes factos estão relacionados com a sua morte.

O cadáver de Zelito foi entretanto transferido para o Laboratório Central de Criminalística, para exames de autópsia, "no sentido de se determinarem as causas do óbito, descartando-se especulações tanto dos familiares como da sociedade em geral".