Faustino António Luamba foi morto com dois disparos de arma de fogo, nos arredores do bairro do Belo Monte, município de Cacuaco, durante um assalto de que foi alvo, informou à imprensa o comissário-geral Paulo Gaspar de Almeida, comandante-geral da PN.

Segundo Paulo Almeida, a detenção dos cinco autores confessos da prática de crime de homicídio voluntário com recurso a arma de fogo do tipo AKM-47 de cano cortado, de que foi vítima o inspector-chefe Faustino António Luamba, colocado no Comando Municipal de Viana da PN, ocorreu nas primeiras horas de hoje quarta-feira,01, no interior de uma habitação.

"A detenção destes elementos ocorreu em função das acções de um reforço de policiamento, realizado pelo SIC-Geral e pela Polícia Nacional no território operacional de Cacuaco, onde foi possível proceder à detenção dos cinco indivíduos no interior de uma habitação", disse ainda o comandante-geral da PN.

O Comissário-Geral defendeu que o momento não é de vingança, pois, segundo disse, as forças não se vingam, simplesmente impõem a ordem e a segurança.

A alta patente da Corporação salientou, entretanto, que os que cometeram esse crime,"serão julgados e condenados pelo acto praticado", garantiu, destacando que os homicidas já estão as contas com os órgãos de justiça.

"Já estão a contas com a justiça e caberá aos tribunais fazer o seu papel, estamos solidários com todos e vamos fazer um combate a essas práticas negativas e criminosas. Não vamos cruzar os braços na luta contra a criminalidade", afirmou.

Segundo a polícia, a vítima reagiu a um assalto e foi alvejada com dois tiros, disparados por um grupo de assaltantes numa zona entre os municípios de Cacuaco e de Viana.

A morte foi imediata e a fuga dos assaltantes do local foi igualmente rápida. De acordo com Nestor Goubel, inspector-chefe e porta-voz do Comando Provincial de Luanda, o homicídio aconteceu quando Faustino António Luamba, que se encontrava em trabalho naquela zona, foi surpreendido por um grupo de assaltantes na via pública que tentaram roubá-lo e, na tentativa de reagir, foi morto com disparos de arma de fogo à queima-roupa.

"O nosso efectivo foi assassinado em pleno exercício laboral. Naquele momento o comandante encontrava-se com a patrulha da polícia a efectuar serviço de giro naquele perímetro", disse Nestor Goubel, em declarações ao Novo Jornal.

"Eles (os marginais) abriram fogo e efectuaram vários disparos, tendo alvejado o comandante que perdeu a vida no local", descreveu, salientando que após assassinarem o comandante, os marginais fugiram.

O Novo Jornal soube de fonte do SIC-Luanda que a zona onde foi assassinado o comandante é bastante perigosa e tem sido palco de confrontos entre as forças da ordem e os marginais.