Uma fonte ligada ao Ministério da Saúde revelou ao Novo Jornal que 16 profissionais estão internados nos centros de quarentena localizados na província de Luanda, após testarem positivo à Covid-19. Tratam-se de 10 enfermeiros e seis médicos. O País registou na passada quarta-feira, 22, a primeira morte de um profissional de saúde - o malogrado José Abel, médico reformado.

Por sua vez, o Sindicato Nacional dos Médicos de Angola (SINMEA) avança que nos centros de quarentena estão de trinta profissionais do sector da Saúde, entre médicos, enfermeiros, técnicos e pessoal de apoio hospitalar. No entanto, informa que ainda não tem todos os dados compilados.

Devido ao aumento de casos, Adriano Manuel, presidente do SINMEA, mostra-se preocupado com a falta de materiais de equipamentos de biossegurança nas unidades hospitalares, considerando que essa condição vai eventualmente aumentar o nível de morbilidade nos hospitais.

"A biossegurança nos hospitais é péssima de uma forma geral, embora com alguma melhoria nalguns hospitais, mas muito aquém do desejado", esclarece. "Temos hospitais que não têm materiais. É extremamente grave. Os hospitais poderão ser os locais de contágio nos próximos meses, se tivermos em conta o défice de material de biossegurança", explica.