A UMA diz não fazer sentido a manifestação dos estudantes, visto que só agora está a implementar o aumento das propinas e emolumentos de 10 por cento, decretado pelo Executivo no ano passado.

Os estudantes queixam-se de não terem sido informados e asseguram que os protestos vão continuar até que a universidade recue da decisão de aumentar o preço no presente ano académico.

Por sua vez, a UMA diz ser irreversível esse processo, visto que os estudantes sempre souberam que o aumento das propinas e emolumentos no ensino público e privado, limitado a 10 por cento, pelo Governo, não era implementado e que tal reajuste seria feito após o dia 15 de Abril.

Ao Novo Jornal os estudantes dizem que tiveram conhecimento da orientação do Executivo em fazer subir as propinas, mas que a UMA fez subir o preço em Janeiro último.

Contam os estudantes que de ontem para hoje (de segunda para terça-feira), as propinas dispararam de 46.000, para 50.600 kz, o curso de gestão e administração de empresa, o curso de enfermagem saiu de 50.000 para 62 mil.

Segundo os estudantes, a universidade nunca os avisou sobre o aumento das propinas a partir do dia 15 de Abril.

"Ninguém sabia da alteração dos preços! Nunca fomos avisados e ontem fomos surpreendidos com essa medida repentina", contou um membro da associação dos estudantes da UMA que preferiu não ser identificado.

Estes universitários dizem que a direcção nunca acertou com os estudantes que subiria as propinas no mês de Abril.

Entre as várias reclamações, os estudantes queixam-se também da falta de condições das salas de aulas, laboratórios e de multas exorbitantes.

Segundo os alunos, só este ano lectivo a Universidade Metodista de Angola fez subir os preços das propinas três vezes, e que a mais recente foi em Janeiro.

Entretanto a UMA, esclareceu ao Novo Jornal que não se trata de aumentar o preço das propinas propriamente, mas apenas implementar os 10 por cento estipulados pelo Governo em 2023.

Segundo a UMA, este aumento entraria em vigor em Outubro do ano passado, mas não o fez em concertação com os estudantes, que continuaram a pagar a tabela anterior, mas que ficou a informação de que tal reajuste entraria a 15 de Abril deste ano.

A UMA lamenta o facto de os estudantes partirem para a realização da manifestação, esta terça-feira, visto que já tinham o conhecimento da implementação desta medida.