Apenas 37% dos materiais curriculares da iniciação e ensino primário foram actualizados, informou o director-geral do Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento da Educação (INIDE), Manuel Afonso.

Falando à imprensa no final da cerimónia de apresentação pública dos materiais curriculares actualizados para o ano lectivo de 2019, que arranca em Fevereiro, o responsável explicou por que razão foram produzidos conteúdos por corrigir.

"Começámos o processo de revisão curricular no mês de Fevereiro [de 2018] e tão logo demos conta, em Maio, que poderíamos já introduzir no sistema de educação os materiais curriculares actualizados, solicitámos ao Ministério da Indústria, às gráficas, para que parassem a produção dos materiais curriculares não actualizados. Isso significa que já se havia consumido parte do dinheiro consignado para a produção desses materiais", esclareceu Manuel Afonso.

Apesar de a maioria dos materiais que os alunos da iniciação e ensino primário vão usar conterem erros, o director-geral do INIDE lembra que os professores estão habilitados a corrigi-los.

"Essa coabitação, aparentemente, é polémica, mas, para nós, não, porque os professores já têm domínio das insuficiências e dos erros que foram corrigidos e superados", disse, citado pela agência Lusa.

O Governo calcula que partir de 2020 o sistema funcionará exclusivamente com os materiais curriculares actualizados, que serão gradualmente substituídos entre 2022 e 2025.