A crise dos bolseiros angolanos no exterior está em vias de ser ultrapassada, a avaliar pelas mais recentes declarações do director do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE).

"As estruturas de direito - Finanças e BPC - já cumpriram com as suas tarefas, neste caso de fazer as transferências para os países respectivos", adiantou Jesus Baptista, que dirige o IGNABE há cerca de um mês.

Falando à imprensa no final de um encontro com os responsáveis das instituições do Ensino Superior públicas e privadas, realizado ontem, em Luanda, o director garantiu que alguns bolseiros colocados no exterior já estão a receber as quantias em dívida nas suas contas.

"Temos o exemplo de Cuba, que já recebeu os valores, de Marrocos, que era uma situação crítica e neste momento os estudantes já receberam até ao mês de Abril, e também temos informações de que os valores na Rússia já chegaram", enumerou Jesus Baptista.

O responsável acrescentou que o montante das bolsas em atraso atingiu os 35 milhões de dólares, referente ainda aos anos 2015 e 2016, marcados por uma série de "gritos de socorro" dos estudantes angolanos no exterior.

Os reptos incluíram histórias de bolseiros expulsos de universidades e até mesmo detidos na sequência de dívidas com propinas, bem como casos de estudantes forçados a regressar ao país por incapacidade de custear despesas básicas, como alimentação e alojamento.