A paralisação dos 950 funcionários do CFL, que vão garantir apenas os serviços mínimos, vai afectar diariamente cerca de 6.000 passageiros e foi decidida durante uma assembleia de trabalhadores, realizada depois de o conselho de administração do CFL não responder satisfatoriamente às exigências constantes do caderno reivindicativo, revelou o secretário para informação da comissão sindical do CFL, Lourenço Contreiras.

O responsável sindical disse, em declarações à Angop, que apenas vai circular um comboio de manhã, no sentido Viana/Bungo, e outro às 16 horas, na direcção inversa, o que se traduz no transporte de pouco mais de 200 pessoas por viagem.

Já os comboios de carga e os de passageiros interprovinciais (Luanda/Cuanza Norte/Malanje), que fazem duas viagens semanais, estarão totalmente paralisados enquanto durar a greve.

O director do gabinete de comunicação institucional e imprensa do CFL, Augusto Osório, afirmou que a entidade patronal está aberta ao diálogo e que parte das exigências solicitadas já foram satisfeitas.


"A falta de consenso entre os funcionários e a entidade empregadora prende-se com a incapacidade desta em aumentar os salários em cerca de 80 por cento", explicou, citado pela Angop.