A unidade hospitalar pública, com 48 anos (a funcionar desde 1968), dispõe de 250 camas para internamento. Actualmente estão acamadas cerca de 300 pessoas. O hospital segue ainda 4.000 com tuberculose, 400 com tuberculose multirresistente e 8.000 com problemas associados ao VIH/Sida.

Os números foram revelados pela direcção do HSL, assumindo a preocupação com o crescimento dos casos na capital angolana, quando se assinala o dia mundial de combate contra a tuberculose (24 de Março).

A direcção relata que o actual edifício apresenta problemas estruturais, nomeadamente sem acesso à rede de saneamento básico, enfrentando ainda cortes no fornecimento de electricidade e água, além da deficiente acomodação dos pacientes.

Os casos de tuberculose no país quadruplicaram entre 2013 e 2014, para cerca de 200.000 doentes, uma situação que levou as autoridades sanitárias nacionais a classificarem a doença como um problema de saúde pública.

Os trabalhos no HSL deverão prolongar-se por 24 meses, de acordo com o documento de planificação da Linha de Crédito da China (LCC), a que a Lusa teve acesso.

A reabilitação e apetrechamento da unidade está incluída nos 155 projectos de obras públicas da LCC, no valor global de 5,2 mil milhões de dólares, a executar por empresas chinesas em Angola. Só na área da Saúde esta linha prevê 16 obras por 293,5 milhões de dólares.