Os arguidos foram ouvidos na tarde desta quinta-feira em primeiro interrogatório judicial pelo magistrado do Ministério Publico (MP) junto do Serviço de Investigação Criminal (SIC) que aplicou aos homens a medida de coacção mais gravosa, prisão preventiva, pelo facto de os arguidos não respeitarem e vandalizarem sepulturas no interior do cemitério.
De acordo com a PGR, os homens, no momento em que prestaram depoimento no SIC-Kwanza-Sul e na Procuradoria, disseram que no interior do cemitério existe mercúrio dos seus avós, justificando assim as "escavações para encontrar o metal e depois comercializar no mercado informal".
O mercúrio é um metal que se caracteriza por se manter líquido à temperatura ambiente e pela sua utilização diversificada, nomeadamente em áreas de garimpo de ouro, como separador dos elementos minerados, sendo de elevado valor comercial.
A PGR salientou, entretanto, que a denúncia que culminou com a detenção dos três arguidos, foi efectuada pelo soba do referido bairro.
"O soba do bairro Caunje deu conta da situação que estava a ocorrer no cemitério e efectuou a queixa-crime no piquete da Polícia Nacional, que, em coordenação com SIC, fizeram diligências e apanharam os homens em flagrante", descreveu.