No ano passado, em declarações ao jornal Nova Gazeta, o director provincial da educação de Luanda havia revelado que na capital, pelo menos, 21 escolas públicas do ensino geral não funcionavam por terem as obras paralisadas e/ou por estarem em estado avançado de degradação.

Narciso Benedito admitiu, na altura, a possibilidade de o número ser maior, visto que este registo é apenas relativo às escolas já «catalogadas» pelo Programa de Investimento Público (PIP) do governo provincial para a "reabilitação gradual", à medida que for havendo dinheiro. Quanto ao número de turmas ao relento, ou seja, por baixo de árvores, dados de 2018 apontavam para mais de 19 mil.

Uma fonte do Governo Provincial de Luanda (GPL) admitiu ao Novo Jornal a existência de várias escolas paralisadas e avançou estar em andamento um processo de constatação e cadastramento destas escolas.

Contactado pelo NJ, o gabinete de comunicação do GPL não soube precisar o número de escolas na condição de abandono. Entretanto, aquele gabinete justificou que a informação estava a ser recolhida.

Entre as dezenas de escolas em estado de abandono está a do I ciclo n.º 6018, mais conhecida por «Escola das Bolinhas», no município do Kilamba Kiaxi, na zona do Avô Kumbi.

A instituição, com compartimentos em forma de nave, possui 10 salas. Inaugurada em 1992, funcionou até 2014. Actualmente a estrutura serve de estaleiro onde se guardam viaturas avariadas ou apreendidas pela fiscalização daquele município.

(Leia este artigo na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, disponível aqui https://leitor.novavaga.co.ao e pagável no Multicaixa)