A infra-estrutura de sete andares, localizada no bairro Vila Alice, distrito urbano do Rangel, em Luanda, nas proximidades do Parque da Independência, para além de albergar a sede da Fundação Lwini (FL), constituída por Ana Paula dos Santos, antiga primeira-dama da República, deve comportar, segundo a maquete da empresa de consultoria Soapro - responsável pelo estudo do projecto -, um centro de formação para a juventude, habitação colectiva, escritórios, parque de estacionamento e um Instituto Hidrográfico e Ferroviário.

O Novo Jornal esteve no estaleiro e constatou que o local se encontra em completo estado de abandono. Com as gruas ainda montadas, a infra-estrutura, que está a tornar-se pouco a pouco num pequeno canteiro de lixo, é vigiada por efectivos das Forças Armadas Angolanas (FAA).

Logo à entrada do edifício, uma placa anuncia o prazo das obras: 21 meses. O NJ sabe que as obras já duram alguns anos, estando a cargo da China International Fund (CIF), empresa privada com sede em Hong Kong, que recentemente viu dois dos seus edifícios, em Luanda, apreendidos pela Procuradoria-Geral da República (PGR), no âmbito do combate à corrupção. Fundada em 2003 para financiar projectos de reconstrução nacional em países em desenvolvimento, principalmente em África, em particular em Angola, a CIF participou na construção de muitos empreendimentos sociais e detém vários outros, incluindo uma fábrica de cimento, na localidade de Bom Jesus, em Luanda.

Segundo relatório do Centro de Estudos Britânico Chatham House, publicado em 2009, consultado por este semanário, a CIF teria ligações com a China Angola Oil Stock Holding Ltd, que negociaria com o petróleo angolano através da China Sonangol International Holding.

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