O suspeito ficou em prisão preventiva ao início da tarde desta terça-feira, 06, informou hoje ao Novo Jornal fonte do Ministério Público (MP) em Malanje.

De acordo com o MP, o arguido, funcionário do Ministério da Justiça e com antecedentes criminais por crimes da mesma natureza, tinha sido posto em liberdade há menos de 20 dias e encontrava-se em casa a cumprir a medida de coacção de termo de identidade de residência, e "utilizava a internet para conhecer adolescentes para futuros relacionamentos sexuais".

A fonte do MP adianta que o arguido ficou em prisão preventiva, a medida de coacção mais gravosa do Código do Processo Penal, "por se verificar, em concreto, o perigo de continuação da actividade criminosa e por se tratar de um reincidente na mesma prática de crime".

Contactado pelo Novo Jornal, o porta-voz do Serviço de Investigação Criminal em Malanje, Lindo Ngola, disse que o suspeito e as vítimas conheceram-se através da rede social Facebook e combinaram um primeiro encontro, há uns meses, tendo o homem, na altura, manifestado interesse "em manter um relacionamento de carácter sexual com as meninas que chegaram a recusar o convite por se tratar do primeiro contacto virtual".

"Segundo as informações dos familiares das vítimas, o homem terá conhecido as adolescentes por via do Facebook, convencendo-as a ir para a sua residência, onde as terá convidado a pernoitar e a consumir bebidas alcoólicas", conta, descrevendo que o suspeito "aproveitou-se do estado de embriaguez das meninas, aliciou-as com 60 mil Kwanzas cada e consumou o acto ilícito".