O governador provincial de Luanda, citado pelo Jornal de Angola (JA), afirmou mesmo que "às vezes, os centros de saúde não têm medicamentos, mas nas farmácias de esquina há sempre".

Depois de declarar que não entendia o porquê, Sérgio Luther Rescova perguntou à direcção do depósito se havia alguma dificuldade na distribuição de medicamentos às unidades sanitárias, para depois afirmar que é necessário haver celeridade na distribuição de fármacos e mosquiteiros, porque "saúde é coisa séria", escreve o Jornal de Angola, que acompanhou a visita do recentemente empossado governador ao DPM, na via Expressa.

"Temos aqui medicamentos e mosquiteiros e os hospitais quase que não têm nada", reforçou o governador.

Segundo a responsável pelo Depósito Provincial de Medicamentos, Beatriz Lelo, "a distribuição não é feita como devia, porque alguns hospitais têm também as suas reservas", e, quanto aos mosquiteiros distribuídos nas comunidades, "algumas pessoas não os utilizam para se prevenir da malária, mas sim para a pesca."

O governador da província de Luanda deu ordens para que o material fosse distribuído e reforçou que "há necessidade de haver urgentemente uma conversa com líderes religiosos, responsáveis das comunidades e outros parceiros para a distribuição dos mosquiteiros.

"O pacato cidadão doente, para viver mais dias, meses e anos, está à espera de vocês", disse Sérgio Luther Rescova, dirigindo-se aos membros da direcção do Depósito Provincial de Medicamentos, aos quais transmitiu ainda que "onde não existe um posto médico, os mosquiteiros devem lá estar."

O governador da província de Luanda reforçou ainda a necessidade de haver uma interacção permanente entre os administradores municipais e distritais e os responsáveis do sector da Saúde sobre a distribuição de medicamentos, anunciando, para a próxima quarta-feira, uma reunião com responsáveis do sector da Saúde na província de Luanda.

O Depósito Provincial de Medicamentos tem capacidade para armazenar 12 mil toneladas de remédios, informou Beatriz Lelo, garantindo não haver falta de fármacos.

"Temos stock de medicamentos para paludismo, hipertensão e diabetes", explicou, citada pelo JA.

Beatriz Lelo confirmou ainda que está a decorrer uma investigação ao roubo de mosquiteiros, ocorrido há um mês, no Depósito Provincial de Medicamentos, liderada pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC).