Francisco José Jerónimo, de 35 anos, também conhecido por Bad Lé, oficial do Exército estava a ser acusado de conflito na via pública com um cidadão, cuja identidade é desconhecida, avançou hoje ao Novo Jornal fonte do Serviço de Investigação (SIC).

Segundo a fonte do SIC-Kilamba Kiaxi, o oficial foi detido por voltas das 20:00 de quarta-feira,03, e o corpo do detido foi encontrado às 04:00 de quinta-feira,04, pelos agentes que faziam a ronda. O Novo Jornal sabe que foi aberto um inquérito para apurar se houve crime e a família exige uma autópsia para esclarecer as causas da sua morte, suspeitando de homicídio.

"Não se sabe se a morte de Francisco Jerónimo está associada a suicídio como foi declarado pela comandante interina do Kilamba Kiaxi, Sónia Carlos, nem se foi causada por doença ou agressões", disse fonte do SIC-Kilamba KIaxi, explicando que, aquando da detenção, a vítima tinha sinais de agressões.

De acordo com a fonte do SIC, a realização da autópsia vai determinar a causa da morte do efectivo das Forças Armadas Angolanas.

"Não é uma certeza, creio que as marcas no corpo da vítima resultaram de um ajuste de contas decorrente do conflito que teve na via pública, porque internamente há relatos de que a vítima mostrou resistência para chegar à esquadra e provavelmente terá sofrido agressões", referiu.

O cadáver foi, entretanto, transferido para o Laboratório Central de Criminalística para exames de autópsia, "no sentido de se determinarem as causas do óbito, descartando-se especulações tanto dos familiares como da sociedade em geral".

Perante este cenário, o Novo Jornal contactou a comandante interina do Comando Municipal do Kilamba Kiaxi, intendente Sónia Carlos, que, entretanto, prometeu pronunciar-se sobre o caso e depois acabou a desligar o telemóvel para não prestar declarações sobre a morte do oficial do Exército numa das celas da unidade que dirige.

Já o porta-voz do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional (PN), inspector-chefe Nestor Goubel, disse ter conhecimento do caso e que antes de falar para o Novo Jornal devia contactar a comandante Sónia Carlos para obter mais dados sobre este "imbróglio".

Passado mais de uma hora, o Novo Jornal, voltou a contar o responsável pela comunicação do Comando Provincial de Luanda, mas sem sucesso.