A informação foi avançada esta quarta-feira, 18, ao NJOnline, por uma fonte da corporação que revelou que a oficial foi expulsa da Polícia Nacional pelo facto de o comandante geral, comissário-chefe Paulo Gaspar de Almeida, entender ser necessário instaurar um processo disciplinar contra Apolónia Escolástica, em função do acto praticado contra a menor e porque "a mulher demonstrou a sua falta de preparação para estar na Polícia Nacional porque não tem requisitos para garantir a honra à pátria e o bom desempenho de ser uma boa polícia".
O caso remonta a Maio deste ano, quando Apolónia Escolástica, com o grau de inspector-chefe, agrediu a criança com socos, queimaduras nos membros inferior e superior com uma pedra quente, e chegou a partir os dentes da menina com uma colher de pau, para além de ter tentado sufocá-la com uma almofada diversas vezes, segundo o Serviço de Investigação Criminal (SIC).
A oficial tinha sido constituída arguida pelo magistrado do Ministério Público (MP) junto do SIC-Viana e está a responder ao processo em liberdade provisória porque se encontrava grávida de oito meses.
Na data dos factos, o porta-voz da Procuradoria-Geral da República (PGR) Álvaro João, afirmou ao NJOnline que nestas situações, por causa da lei das medidas cautelares em processo penal, no artigo º37, a mulher não podia estar em prisão preventiva, devido ao estado de gestação em que se encontrava.