A rede de ladrões de animais começou a ser descoberta na última semana, após a detenção de um cidadão de nacionalidade namibiana de 38 anos, que havia atravessado a fronteira entre a Namíbia e Angola com um rebanho de 20 cabras.

A intenção deste indivíduo era vender o gado caprino em Angola, tendo sido detido antes de o conseguir, e o rebanho já se encontra com o proprietário, soube o Novo Jornal junto das autoridades locais.

Nesta semana foi detidos mais um ladrão de gado, que trabalhava com uma cúmplice (também já detida), residente no município de Ombadja, Cunene, que os ajudava a atravessar a fronteira com documentos falsos para ocultar a origem ilegal dos animais.

A mulher, que tinha uma posição de confiança na comunidade, aproveitou-se deste facto e forneceu declarações falsas à autoridade tradicional (soba), induzindo-o a emitir uma guia de trânsito animal para facilitar a comercialização dos animais como se fossem de origem lícita.

Depois de uma investigação, a Policia Nacional no Cunene descobriu que este esquema de roubo de animais na vizinha Namíbia foi montado pelos implicados, no sentido de ganharem dinheiro de forma fácil.

Durante a operação foram recuperadas apenas cinco cabeças de gado, pertencente a um cidadão namibiano de 55 anos, que reside em Kambohola, local onde foi furtado algum do gado.

Foram ainda apreendidos mais sete animais de origem duvidosa, seis placas de identificação de animais furtados da Namíbia e uma motorizada da marca Lingken, sem matrícula, adquirida por meio de troca de gado.

Os elementos estão detidos na comuna de Naulila e serão encaminhados para o juiz de garantia, enquanto diligências prosseguem para se localizar os demais membros do grupo.