O Orçamento Geral do Estado (OGE) revisto de 2020 atribui ao "Projecto de Combate à Malária" do Ministério da Saúde pouco mais de 2,2 mil milhões de kwanzas. Anteriormente, na proposta de revisão do documento, a verba prevista era de cerca de 1,5 mil milhão Kz, tendo sido acrescidos 745,5 milhões Kz, retirados do Programa de Investimentos Públicos da Presidência da República, destinados à adaptação da casa protocolar B e a respectiva adaptação para um centro clínico dentário.

Nesta segunda-feira, 27, o Executivo anunciou ter desistido do centro após várias críticas da sociedade. Os 3,3 mil milhões Kz atribuídos à empreitada eram mais de duas vezes superior aos 1,5 mil milhão Kz do Projecto de Combate à Malária.

Numa constatação feita pelo Novo Jornal aos documentos dos últimos três anos, 2018, 2019 e 2020, nota-se que, nos períodos em referência, apesar do ligeiro crescimento neste último ano, a verba atribuída à malária, principal causa de morte no País, tem vindo a registar cortes significativos. Por exemplo, em 2018, o Executivo cabimentou ao "Projecto de Combate à Malária" mais de 7,7 mil milhões Kz. Já em 2019, no OGE revisto, para a mesma rubrica, foram atribuídos 1,9 mil milhão Kz.

Contas feitas indicam que, entre 2018 e 2019, o corte nas despesas correspondentes ao "Projecto de Combate à Malária" foi de 74%, ou seja, no período comparado, o Estado retirou ao Projecto de Combate à Malária mais de 5,7 mil milhões Kz, uma vez que, no primeiro ano, cedeu 7,7 mil milhões Kz, enquanto no segundo aplicou 1,9 mil milhão Kz.

Inicialmente, na proposta do OGE revisto 2020, estava prevista uma despesa de quase 1,5 mil milhão Kz para o projecto, mas houve um acréscimo de 745,5 milhões Kz na proposta aprovada nesta terça-feira, 28, totalizando nos mais de 2,2 mil milhões Kz, tal como explicado no primeiro parágrafo.

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