O consórcio, que tem na TAAG o sócio maioritário, vai operar a partir de 2019 e está avaliado em 143 ,4 milhões de dólares americanos, na perspectiva de operar com aeronaves do tipo DH8-Q400.
Este acordo vai permitir, segundo Alcinda Pereira, que falou em nome do consórcio, "desde a formação de pessoal à possibilidade de abertura do primeiro armazém de peças da Bombardier na África Austral".
Nos termos do contrato, explicou, "a Bombardier compromete-se a formar, para a companhia angolana, 25 assistentes de bordo, 55 pilotos, 40 mecânicos bivalentes e colocar um representante em Angola por um período de 36 meses, para assegurar o início das operações da Air Conection Express -Transporte Aéreo, SA".
Durante a assinatura do acordo, o ministro do Transportes afirmou que "a escolha da aeronaves teve em conta a necessidade de corrigir erros de vários anos, que consistiam na utilização de aeronaves do tipo Boeing 737-700 para vôos curtos e de pouca procura, o que contribuiu para os resultados financeiros negativos da companhia de bandeira nacional".
"Os novos aparelhos vão dar outra dinâmica à circulação de pessoas no país, encurtando as distâncias entre as regiões e criando condições para a preços mais competitivos", reforçou.
De acordo com Augusto Tomás, a criação de uma nova operadora de transporte aéreo doméstico resulta de estudos, que apontavam, entre outros constrangimentos, para uma excessiva fragmentação do mercado de aviação civil no país.
"A Air Conection Express -Transporte Aéreo S.A é o corolário de um processo que começou com a refundação da TAAG e da Enana, duas empresas públicas do sector, que fazem parte do consórcio".
Quatro das seis novas aeronaves do tipo DH8-Q400, solicitadas por Angola à canadiana Bombardier, devem chegar a Luanda em 2019, informou o ministro.
"Tudo está a ser tratado entre as partes para que os aviões cheguem ao país o quanto antes, já que delas depende o início das operações, mas em princípio as primeiras quatro chegam em 2019 e as outras duas em 2020", revelou.
O ministro anunciou também um ensaio a ser implementado por estes operadores, que vai marcar um novo passo para a aviação civil e ditar a criação de bases aéreas regionais, avançando que as aeronaves vão parquear em quatro bases regionais, nomeadamente em Cabinda, no Lubango, no Luena (Moxico) e na zona central do país, no aeroporto da Catumbela (Benguela), fazendo ponte aérea com Luanda e garantindo o transporte interprovincial.
"Este ensaio visa dar resposta às preocupação das populações a nível do transporte aéreo, para reforçar a coesão social, económica e territorial do nosso país", declarou.