Perante a impossibilidade de alteração dos resultados plasmados nas actas das 18 CPE, e tendo Júlia Ferreira apontado, como o calendário eleitoral determina, o dia 06 de Setembro, quarta-feira, como data limite para divulgação dos resultados definitivos, os resultados até aqui tidos como provisórios deverão passar a definitivos.

Na quarta-feira, se não ocorrer nada de extraordinário, e no que se pode depreender das palavras da porta-voz da CNE, quando forem divulgados os números definitivos referentes às eleições de 23 de Agosto, o MPLA e o seu candidato à Presidência da República, João Lourenço, obterão pouco mais de 61 por cento dos votos, confirmando a maioria qualificada.

A UNITA deverá manter-se na casa dos 26 por cento e a CASA-CE à volta dos 9,5 por cento, sendo que os resultados provisórios conhecidos são: MPLA 61,7%, UNITA 26,7%, CASA-CE 9,46%.

Na conferência de imprensa onde Júlia Ferreira falou da plenária que hoje teve lugar em Luanda, foi ainda divulgado que das reclamações produzidas pelas candidaturas, apenas duas reclamações foram registadas, em Benguela e no Huambo, tendo estas sido "solucionadas" com a decisão de as declarar improcedentes.

Na terça-feira, penúltimo dia para que seja cumprido o plano de divulgação de resultados definitivos, que é na quinta-feira, a CNE vai olhar pela última vez, na sua última reunião de trabalho, para o mapa nacional de apuramento.

Recorde-se que também hoje o presidente da CNE acusou os partidos da oposição que ontem declararam inconstitucional o processo eleitoral de agirem de "ma fé", com o objectivo de descredibilizar o apuramento em curso.

André da Silva Neto sublinhou que "a lisura, transparência e imparcialidade" da votação já foram reconhecidas pela comunidade nacional internacional.