Luanda destaca-se como a província com maior número de notificações, com 12.010 casos, um reflexo tanto da alta densidade populacional como da maior disponibilidade de serviços de diagnóstico.
As faixas etárias mais afectadas são a dos 25 aos 29 anos, com 23% dos casos em mulheres e 4% em homens, e a dos 20 aos 24 anos, com 19% em mulheres e 4% em homens.
O director adjunto do Instituto Nacional de Luta contra o Sida, José Van-Dúnem chamou a atenção para o impacto ser particularmente expressivo nas mulheres grávidas para defender a urgência de estratégias de prevenção da transmissão vertical, de mãe para filho.
O Instituto Nacional de Luta contra a Sida (INLS) realiza, até 31 de Julho, em várias províncias do país, uma campanha de testagem.
"Informar, testar, tratar e vacinar é o caminho para erradicar esta epidemia silenciosa", sublinhou José Van-Dúnem, que declarou que a transmissão da hepatite B de mãe para filho continua a ser uma das principais formas de contágio.
Apesar dos progressos com a introdução da vacina ao nascer (HepBD), a cobertura global ainda é baixa, referiu, apelando à intensificação das acções de prevenção, diagnóstico e tratamento das hepatites virais no país, cujas complicações podem levar à cirrose, insuficiência hepática e cancro do fígado.
"A eliminação da hepatite B como ameaça à saúde pública é uma das metas da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável", lembrou.